Os golpistas utilizaram dados dos procedimentos judiciais para iludir as vítimas para que realizassem transferências bancárias.
Por Leandro Holsbach

APolícia Civil de Dourados está investigando dois casos distintos de estelionato efetuados na data de ontem (22), onde sempre encontramos o mesmo molde de crime: recorrente emprego de dados judiciais reais e falsidade ideológica de pretendidos togados para golpes contínuos financeiros.
No primeiro dos casos, uma senhora de 42 anos comunicou que atendeu para uma ligação pelo WhatsApp de um número com DDD 67, por onde o interlocutor se apresentou ser uma de suas advogadas. A comunicação vinha com informações absolutamente certas sobre um processo onde estaria envolvida vítima do golpe, o que o fez crer na veracidade da interlocutora. Por intermédio de orientações que lhe eram fornecidas pelo contato, a senhora acabou efetuando um PIX da quantia de R$ 2.010,16 para uma conta na iniciativa de terceiros relacionada a uma instituição de crédito. Somente após percebeu ser uma investida de golpista e registrou boletim de ocorrência para investigar autoria.
Já no segundo exemplo, um homem de 71 anos, de Dourados, relata à polícia que está com uma ação judicial suspensa com o intuito de ser reintegrado profissionalmente. No dia 17 de outubro, ele recebeu uma mensagem por WhatsApp de um número desconhecido de uma pessoa que se passava por seu advogado. A falsa novidade era de que ele havia vencido a ação, mas para receber a indenização — supostamente de R$ 200 milhões — seria necessário pagar impostos. Acreditando na historinha contada, o idoso efetuou três transferências bancárias por TED com o valor de R$ 65.771,73 para contas fornecidas por golpistas.
As vítimas, embora entrassem posteriormente em contato com seus verdadeiros advogados, descobriram que tinham sido enganadas. As duas formalizaram o desejo de denunciar criminalmente os responsáveis. Os dois casos ainda estão sendo investigados.
Fonte: Jornal Alerta Dourados
