Adolescentes indígenas confessam plano de massacre inspirado no nazismo em escola de Dourados

Trio foi apreendido após ação da Guarda Municipal; eles passarão por audiência judicial antes de possível encaminhamento à Unei

Por : Leandro Holsbach

📷 Osvaldo Duarte

A Polícia Civil confirmou, no fim da tarde desta terça-feira (30), que os três adolescentes apreendidos na Escola Municipal Indígena Francisco Meireles, em Dourados, confessaram ter planejado um massacre dentro da unidade. O ataque foi desarticulado pela rápida intervenção da Guarda Municipal, que havia sido acionada pela direção da escola.
Como tudo aconteceu

Segundo informações repassadas pelas autoridades, os menores foram autuados pelos crimes de ameaça e contravenção penal relacionada a causar pânico. Eles serão apresentados em audiência judicial e, em seguida, poderão ser encaminhados à Unei (Unidade Educacional de Internação).

Uma testemunha relatou à polícia que os adolescentes confirmaram a intenção de matar colegas e professores. “Eles disseram que viram isso na internet e queriam reproduzir. Um dos pais ficou horrorizado, afirmando que eram meninos tranquilos, mas de um tempo para cá mudaram o comportamento. A intenção deles era realmente cometer um massacre”, declarou.

De acordo com o diretor da escola, os adolescentes chegaram com facas, um machete, balaclavas e luvas. Dois deles nem sequer pertenciam à turma. “Eles falavam em matar professores e alunos. Estavam determinados e preparados para fugir depois do ataque. Nossa equipe conseguiu agir a tempo”, relatou.

Com a apreensão dos menores, as aulas foram suspensas e a comunidade escolar entrou em estado de alerta. “Durante todo o tempo eles repetiam a palavra “massacre”, o que deixou todos em pânico. São alunos de poucas falas, mas extremamente decididos”, acrescentou o responsável pela unidade.

Conforme o boletim de ocorrência, a situação teve início por volta das 10h10, logo após a guarnição da Ronda Escolar da Guarda Municipal concluir uma palestra sobre bullying e violência escolar. A Central recebeu denúncia de que três adolescentes estariam armados dentro da unidade.

Ao chegarem, os agentes encontraram os jovens já conduzidos à direção. Em suas mochilas foram apreendidas facas, um machete, capuzes e uma calça camuflada. Dois deles também tinham tatuagens de suásticas nazistas no braço.

Durante depoimento, um dos adolescentes assumiu a liderança do grupo e admitiu que pretendia iniciar o ataque pela professora de Geografia, estendendo a ação contra outros alunos. O plano, segundo ele, foi inspirado em conteúdos violentos consumidos na internet.

A professora relatou que percebeu a movimentação ao retornar do intervalo, quando encontrou os três adolescentes encapuzados, de frente para a parede e em silêncio. Após intervenção do monitor e da direção, o material foi localizado e a Guarda Municipal acionada.

O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.

Fonte: Com informações Campo Grande News

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