Entre o calor anunciado e o céu em festa, um amanhecer para renovar as esperanças e brindar a vida

Um amanhecer da minha janela (Foto: Angela Schafer)

Eram quase 5 da manhã, nesta quarta-feira, quando despertei. Ao olhar pela janela, não pude conter o suspiro e corri para pegar o celular e registrar a tela que se formava ali. Um presente na véspera de natal.
Enquanto a cidade ainda cochila, o céu desperta primeiro. Aos poucos, o escuro cede espaço a um laranja vivo, quente. O horizonte vira tela, pintura viva, dessas que não se repetem. Um presente silencioso de Natal. Um amanhecer que nasce único, como todos os outros, e por isso mesmo inesquecível.

O dia ainda nem começou e já anuncia o que vem pela frente. O sol sobe com força, prometendo calor intenso, daqueles que pedem sombra generosa, passos mais lentos e copos sempre cheios de água gelada ou o velho e bom tereré que nenhum sul-mato-grossense raiz dispensa. É o verão se impondo, um Natal que foge do frio das lembranças importadas e assume a própria identidade.

O céu que agora colore Campo Grande sinaliza temperaturas elevadas ao longo do dia, beirando os 33 graus na capital. Mais ao norte, no Pantanal, o calor se mostra ainda mais ousado: Corumbá e Aquidauana caminham para máximas acima dos 35 graus. No leste do estado, Três Lagoas e Paranaíba devem sentir o auge do sol, com termômetros se aproximando dos 38 graus. Um calor que abraça o estado inteiro, do amanhecer ao cair da noite.

E como todo verão sul-mato-grossense, o dia quente carrega a possibilidade da chuva passageira. Pancadas rápidas, quase inesperadas, que refrescam por instantes e logo se vão, deixando o ar pesado e o sol novamente soberano. Um jogo conhecido de luz, calor e água, repetido a cada fim de tarde.

Esse amanhecer de Natal não traz neve, mas traz vida. Não fala de lareira, mas de encontros à sombra, de mesas simples, de risadas soltas, de brindar com gelo no copo. É um Natal quente, intenso, vibrante, como o próprio ano que se despede.

Do alto, observando o céu se abrir em cores, fica o lembrete: cada dia nasce apenas uma vez. Cada amanhecer é um convite. E este, especialmente, chega dizendo que celebrar a vida também é aceitar o calor, o sol forte, a impermanência das cores no céu e a beleza do agora.

Porque para nós, o natal é data especial, de reflexão e até a previsão do tempo tem tempero de ceia, de compartilhar e te desejar que o ano termine bem e as esperanças se renovem para 2026, vamos juntos?

Deixe um comentário