Por: Jornal Ms Agora Fonte: Tiago Pires

Hoje, a rede municipal de ensino de Caarapó foi palco de uma paralisação que, em vez de unir os profissionais da educação em torno de suas demandas, evidenciou uma divisão entre os servidores. Com aproximadamente 24% dos 826 profissionais da educação participando do ato – menos de 200 pessoas – fica claro que a manifestação não representa a maioria. O que surpreende é que, mesmo diante desse movimento, a grande maioria dos Profissionais da educação optou por aceitar o reajuste de 5,5% oferecido pela prefeitura. Esse aumento salarial não é apenas um avanço para os profissionais da educação; ele é democrático, pois abrange todos os servidores da rede municipal.
A baixa adesão à paralisação pode indicar um descontentamento com as lideranças que organizaram esse ato. Além disso, a paralisação causou um impacto significativo ao interromper as atividades escolares por 24 horas, prejudicando crianças e famílias que dependem da educação pública.
O ato durou aproximadamente uma hora e meia e, durante esse tempo, a prefeitura recebeu inúmeras reclamações de profissionais que relataram ter sido coagidos a participar da paralisação. Essa situação é preocupante e destaca um aspecto sombrio das mobilizações: o uso de pressão para forçar a adesão dos colegas a um movimento que não conta com o respaldo da maioria.
Em uma das falas do presidente do SIMTED, Apolinario Candado, ele afirmou que os professores da rede municipal recebem o piso nacional: “Nós recebemos sim o piso salarial, merecemos mais”. Vale lembrar que este é o último ato dele como presidente do Sindicato.
Segundo a prefeita, Lurdes Portugal, em entrevista a uma rádio local no dia de ontem (13/05/2025): “Eu respeito todos que quiserem se manifestar, porém aqueles que quiserem trabalhar devem ter seus direitos preservados. Sempre estive aberta ao diálogo, não só com os profissionais da educação, mas com toda a população. Quando pensei no reajuste de 5,5%, minha preocupação foi com todos os servidores municipais. Ninguém ficou de fora.”
