Preso por dois feminicídios é achado morto em cela do Presídio de Trânsito

Gilson Castelan, de 48 anos, foi encontrado enforcado com lençóis; ele havia sido detido por matar mulher a facadas em Campo Grande

Por: Redação

Foi encontrado morto na tarde desta terça

O detento Gilson Castelan e Souza, de 48 anos, acusado de dois feminicídios, foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (4) dentro de uma cela do Presídio de Trânsito, em Campo Grande.

Segundo informações iniciais, ele estava sozinho e foi localizado por volta das 16h, enforcado com uma corda improvisada feita de lençóis. A principal suspeita é de que ele tenha tirado a própria vida, mas a Polícia Civil vai apurar as circunstâncias da morte.

Crime recente

Gilson havia sido preso no fim de outubro, acusado de matar Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, com 11 golpes de faca. O crime aconteceu no pátio de uma empresa, no bairro Jardim Columbia, na capital sul-mato-grossense.

Testemunhas contaram que os dois discutiram por causa de um desacordo sobre o valor de um programa sexual. Durante a briga, Gilson teria atacado a vítima com violência. Luana ainda tentou fugir e pedir ajuda em uma casa próxima, mas não resistiu aos ferimentos.

Com o caso, Mato Grosso do Sul chegou a 32 mortes de mulheres por feminicídio em 2025.

Prisão e confissão

Logo após o crime, o acusado confessou o assassinato por telefone ao dono da empresa onde o caso ocorreu e enviou um áudio confirmando o que fez.

Ele foi encontrado caminhando pela Avenida Cônsul Assaf Trad, com uma faca na cintura. Ao ser abordado, resistiu à prisão e precisou ser contido com spray de pimenta pelos policiais militares. Gilson foi levado para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) e depois encaminhado ao sistema prisional.

Histórico de violência

Durante as investigações, a polícia descobriu que Gilson já era procurado por outro feminicídio cometido em 2022, no estado de Mato Grosso. Na época, ele foi acusado de matar a ex-esposa, Silbene Guia Dolores da Silva, de 40 anos, com 13 facadas, a maioria na região do pescoço.

Vítima deixa filhos

A vítima mais recente, Luana Cristina, deixou cinco filhos pequenos. O caso gerou grande comoção entre familiares e moradores da região.

Deixe um comentário